Autoestima do
professor
Combustível
para ensinar e para aprender
por Júlio
Furtado
Segundo
Nathaniel Branden, autoestima é o nível de apropriação que se tem perante a
vida e os desafios que ela nos coloca, ou seja, é o quanto acreditamos que
vamos "dar conta da vida".
Ter autoestima
saudável não significa repetir a todo o momento que se é bom ou o melhor de
todos. Ao contrário, esse comportamento revela uma tentativa de acreditar no
que se diz e é um sintoma de quem se apoia na ilusão de um autorrespeito e de
uma autoeficiência sem base na realidade, além de caracterizar certo tipo de
autodefesa para que não se tenha de encarar suas fragilidades.
Uma
das características da autoestima saudável é avaliar-se segundo parâmetros
reais, sem ampliações ou negações de quem se é. Ter autoestima saudável não
significa estar imune à dor e ao sofrimento, mas encará-los de frente quando
surgirem diante de nós. Quem tem autoestima saudável sofre, mas não se
identifica com o sofrimento. Adoece, mas procura rapidamente a cura. Logo, estamos
falando de um estado de lucidez e bom-senso com relação a si mesmo. Quem possui
autoestima saudável encara os desafios, pois acredita que pode vencê-los e sabe
que, caso não os vença, da próxima vez que enfrentá-los estará mais
fortalecido. Já aquele que tem baixa autoestima tende a evitar os confrontos,
impedindo, assim, a dor da possibilidade do fracasso.
Nos últimos 40
anos, o professor vem sofrendo impactos desafiadores para sua autoestima e a
manutenção de sua saúde.
[...]
É por meio de
nossa identidade que nos percebemos, nos vemos e queremos que nos vejam. A identidade profissional é uma construção
do profissional que somos, evolui ao longo da nossa carreira e pode ser
influenciada pela escola, pelas reformas e pelos contextos políticos. A
literatura disponível diz que faz parte da identidade profissional dos
professores o comprometimento pessoal; a disposição para aprender a ensinar as
crenças, os valores e o conhecimento sobre a matéria que lecionam e saber lidar
com as experiências passadas e com a vulnerabilidade profissional.
O
conceito de identidade profissional evolui e se desenvolve, tanto pessoal como
coletivamente, durante a vida. Esse desenvolvimento acontece no terreno do
intersubjetivo e se caracteriza como um processo evolutivo, um processo de
interpretação de si mesmo como pessoa dentro de um determinado contexto. É o
que vemos no reflexo do espelho da consciência de nós mesmos. Numa primeira
instância, a identidade pode ser entendida como uma resposta à pergunta,
"Quem sou eu neste momento?". A identidade profissional não é uma
identidade estável, inerente ou fixa. É resultado de um complexo e dinâmico
equilíbrio, no qual a imagem que o profissional da educação tem de si se
harmoniza com a variedade de papéis que ele acredita que deva desempenhar.
Sejam bem
vindos!!
Supervisora
Elen Viriato
Fonte: http://juliofurtado.com.br/autoestima-do-professor-combustivel-para-ensinar-e-para-aprender/
Fonte: http://juliofurtado.com.br/autoestima-do-professor-combustivel-para-ensinar-e-para-aprender/