Nesta semana de
Consciência Negra, conheça 10 excelentes filmes que estimulam a reflexão sobre
a situação do negro no Brasil e no mundo
Nesta semana de
Consciência Negra, conheça 10 excelentes filmes que estimulam a reflexão sobre
a situação do negro no Brasil e no mundo
1.Faça a
Coisa Certa (Spike Lee – 1989)
Sal
(Danny Aiello), um ítalo-americano, é dono de uma pizzaria em
Bedford-Stuyvesant, Brooklyn. Com predominância de negros e latinos, é uma
das áreas mais pobres de Nova York. Ele é um cara boa praça, que comanda a
pizzaria juntamente com Vito (Richard Edson) e Pino (John Turturro), seus
filhos, além de ser ajudado por Mookie (Spike Lee). Sal decora seu
estabelecimento com fotografias de ídolos ítalo-americanos dos esportes e do
cinema, o que desagrada sua freguesia. No dia mais quente do ano, Buggin’
Out (Giancarlo Esposito), o ativista local, vai até lá para comer uma fatia de
pizza e reclama por não existirem negros na “Parede da Fama”. Este
incidente trivial é o ponto de partida para um efeito dominó, que não terminará
bem.
2. Conduzindo Miss Daisy (Bruce Beresford – 1989)
Atlanta, 1948; Uma rica
judia de 72 anos (Jessica Tandy) joga acidentalmente seu Packard novo em folha
no jardim premiado do seu vizinho. O filho (Dan Aykroyd) dela tenta
convencê-la de que seria o ideal ela ter um motorista, mas ela resiste a esta idéia. Mesmo
assim o filho contrata um afro-americano (Morgan Freeman) como
motorista. Inicialmente ela recusa ser conduzida por este novo empregado,
mas gradativamente ele quebra as barreiras sociais, culturais e raciais que
existem entre eles, crescendo entre os dois uma amizade que atravessaria duas
décadas.
3. A
Outra História Americana (Tony Kaye – 1998)
Um dos melhores filmes
sobre o tema racial da década de 1990, não poupa o espectador da violência e do
ódio ao mostrar os crimes de uma gangue racista de skin heads, formada por
integrantes neonazistas, nos Estados Unidos. O filme tem o poder de mostrar como
o ódio racial acaba com a vida tanto de agressores quanto de agredidos, e é
contundente, principalmente pela mensagem e pela ótima interpretação de Edward
Norton.
4. Amistad (Steven Spielberg – 1998)
Baseado em um evento
real, este filme relata a incrível história de um grupo de escravos africanos
que se rebela e se apodera do controle do navio que os transporta e tenta
retornar à sua terra de origem. Quando o navio, La Amistad, é aprisionado,
esses escravos são levados para os Estados Unidos, onde são acusados de
assassinato e são jogados em uma prisão à espera do seu destino.Uma empolgante
batalha se inicia, o que capta o interesse de toda a nação e confronta os
alicerces do sistema judiciário norte-americano. Entretanto, para os homens e
mulheres sendo julgados, trata-se simplesmente de uma luta pelos diretos
básicos de toda a humanidade: a liberdade.
5. A
Negação do Brasil (Joel Zito Araújo – 2001)
O documentário é uma
viagem na história da telenovela no Brasil e particularmente uma análise do
papel nelas atribuído aos atores negros, que sempre representam personagens
mais estereotipados e negativos. Baseado em suas memórias e em fortes
evidências de pesquisas, o diretor aponta as influências das telenovelas nos
processos de identidade étnica dos afro-brasileiros e faz um manifesto pela
incorporação positiva do negro nas imagens televisivas do país.
6. Quanto Vale Ou É Por Quilo? (Sergio Bianchi – 2005)
Adaptação livre do
diretor Sérgio Bianchi para o conto “Pai contra Mãe”, de Machado de Assis,
Quanto Vale ou É Por Quilo? desenha um painel de duas épocas aparentemente
distintas, mas, no fundo, semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica
sócio-econômica, embalada pela corrupção impune, pela violência e pelas enormes
diferenças sociais. No século XVIII, época da escravidão explícita, os capitães
do mato caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único
objetivo: o lucro. Nos dias atuais, o chamado Terceiro Setor explora a miséria,
preenchendo a ausência do Estado em atividades assistenciais, que na verdade
também são fontes de muito lucro. Com humor afinado e um elenco poucas vezes
reunido pelo cinema nacional, Quanto Vale ou É Por Quilo? mostra que o tempo
passa e nada muda. O Brasil é um país em permanente crise de valores.
7. Agosto Negro (Samm Styles – 2007)
A curta vida do ativista
condenado George Lester Jackson (Gary Dourdan, da série CSI) se torna o estopim
para uma revolução, dando início a mais sangrenta rebelião ocorrida em toda a
história do presídio de San Quentin. Agosto Negro narra a jornada espiritual e
a violenta fé de Jackson, desde sua condenação por roubar 71 dólares de um
posto de gasolina até galvanizar a Família Black Guerrilla com seu incendiário
livro, criado a partir de cartas, Soledad Brother, ou espalhar ferocidade nos
corredores de San Quentin em um dia de agosto, quando seu irmão mais novo,
Jonathan, chocou o país ao fazer refém toda uma corte de justiça na Califórnia,
em protesto pelo julgamento de Jackson. Para o militante George Jackson, a
revolução não era uma escolha, mas uma necessidade.
8. Besouro (João Daniel Tikhomiroff – 2010)
Bahia, década de 20. No
interior os negros continuavam sendo tratados como escravos, apesar da abolição
da escravatura ter ocorrido décadas antes. Entre eles está Manoel (Aílton
Carmo), que quando criança foi apresentado à capoeira pelo Mestre Alípio
(Macalé). O tutor tentou ensiná-lo não apenas os golpes da capoeira, mas também
as virtudes da concentração e da justiça. A escolha pelo nome Besouro foi
devido à identificação que Manuel teve com o inseto, que segundo suas
características não deveria voar. Ao crescer Besouro recebe a função de
defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito existentes.
9. Bróder (Jeferson De – 2011)
Capão Redondo, bairro de
São Paulo. Macu (Caio Blat), Jaiminho (Jonathan Haagensen) e Pibe (Sílvio
Guindane) são amigos desde a infância e seguiram caminhos distintos ao crescer.
Jaiminho tornou-se jogador de futebol, alcançando a fama. Pibe vive com Cláudia
e tem um filho com ela, precisando trabalhar muito para pagar as contas de
casa. Já Macu entrou para o mundo do crime e está envolvido com os preparativos
de um sequestro. Uma festa surpresa organizada por dona Sonia (Cássia Kiss),
mãe de Macu, faz com que os três amigos se reencontrem. Em meio à alegria pelo
reencontro, a sombra do mundo do crime ameaça a amizade do trio.
10. Histórias Cruzadas (Tate Taylor – 2012)
Jackson, pequena cidade
no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da
sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a
entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para
trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz
parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a
primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um
todo.Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e,
aos poucos, conseguem novas adesões.